segunda-feira, 13 de junho de 2011

A BALADA DE UM ETERNO PRISIONEIRO

Nasceu e chorou como que se tivesse se engasgando

Às vezes tenho medo,
geralmente passa,
Mesmo assim nada acontece,
Com o que quer que eu faça.

Certa feita me vi em você
E você me visita em sonhos
Que se tornam pesadelos
E estou sempre tentando te proteger de sí mesma
Mas nunca consigo
Você sempre escorrega por entre meus dedos
e retornam os meus medos.

Acordo assustado sabendo que é verdade
que não posso fazer mais nada
A não ser esperar que dê tudo certo pra você
Pois eu não estarei realmente lá para te salvar o tempo todo
Nem mesmo nos meus sonhos eu consigo
Meus sonhos pesadelos.

Quantas vezes acordei esmurrando o travesseiro?
Quantas vezes dei um grito no quarto vazio?
Quantas vezes passei a mão no espaço ao meu lado e você não estava mais lá?

Estou preso à um grilhão que me impede de seguir em frente,
Pois você é quem tinha a chave e a jogou no mar.
A única coisa que eu faço é sentar a beira da praia.
Esperando que o mar me devolva a chave quando uma onda quebrar.

Nem dói mais sabe.
Mesmo por que creio ter encontrado o remédio.
Só falta o remédio perceber que foi encontrado.
E passar pro meu lado me fazendo tão bem.
Já não sou mais seu refém.
Não me importo onde está.
Eu vi o tempo passar e você regredir
andar pra trás
nada demais.

Os longos anos que se passaram enquanto esperava na beira do nar
fizeram a maresia quebrar as correntes
Agora ando veloz, me sinto bem novamente,
Conquistarei horizontes.
Derrotarei as serpentes,
Mas não sou herói
Não sou vilão
Sou apenas um homem
com um corte profundo na mão.

Hoje ela está comigo e nem sei onde você está.
Hoje temos filhos e vamos passear.
Amanha eles irão ao meu enterro
E depois da manha histórias sobre mim vão contar.

Seu ultimo suspiro foi parecido com o primeiro Choro.

James Stone Garden


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